quarta-feira, 26 de setembro de 2018

O ódio move pessoas,
emoções,
frustrações,
eleições,
religiões,
nações,
facções.

Reunidos em prol do ódio,
fascistas,
nazistas,
machistas,
racistas,
pensam curar o mundo em busca da própria dor.

(saudades de Fábio Freitas!)

Frustrados,
abastados,
atados
à ignorância do limitado ódio de não entender que o outro
é
o outro.
Feliz ou triste,
tão somete,
o outro,
cuja a fome não passa se comes em nome dele,
cujo sexo não aprazerá em circunstâncias que não sejam as dele.

O  ódio cai sempre na vala de estar à janela espiando a vida que incomoda por
ser
e viver de modo que não apraze ao que odeia.

Teu ódio, ser frustrado, não se aplacará com a dor da subserviência!
Se fores feliz, o sorriso te fará tão bem,
ou será que só te aprazes com a infelicidade plena do que tolhes?

Deito a cabeça na macia espuma
e torço
para que te resolvas,
assim,
deixarás a todos com as próprias veredas-escolhas
e, talvez,
entendas o santo livre arbítrio do sertão alheio.

Respira,
ferir o outro não cura tua dor!

Ser Quixote nunca fez tanto sentido.

(fav)

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