segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Insônia

sem sono

sofro com a ausência de ti, ó sono meu!

não é consciência, nem falta de paciência,
muito menos medo da escuridão
(solidão?)
nem é!

é sei lá o quê!
se soubesse, matava e apedrejava sem culpa nem temor!

oh, dor!
temor!
ardor!
andor!

vai procurar o sono, meu bem!

já sei!
é a cabeça a mil,
tão vil
a falta de soneca.
sem essa,
compadre!
arde no peito teu a vontade de cair no breu!

olheiras
coleiras
de mim mesmo!

sossega e te entregas aos carinhos do travesseiro teu!

(Flávio Arruda)