domingo, 5 de setembro de 2010

descoberta

Um velho amigo me disse ontem à noite:

_ Meu velho, todo mundo tem um preço.

Reagi com indignação,

Não aceitei sua idéia,

Não dormi, pensando nisso.

Os olhos não pregaram.

Um preço!

Preço!

Apreço!

Uma prece.

Não quero mais pensar nisso.

Fecho os olhos.

3 da manhã:

O preço?

3:30

O sono não vem...

Lentamente sento e penso:

A paga pode ser carinho, silêncio, um ouvido (ou dois), braços e abraços

Um copo com água

Sexo

Um afago na vaidade, um prato de feijão

Sei não

Vou dormir

Não pensar no preço, na paga

Apago a luz

E os sentidos

Continuar vivendo tornou-se difícil

Agora sei que estou à venda ou vendido

E você$?

FLÁVIO ARRUDA

3 Comentários:

Às 6 de setembro de 2010 às 18:18 , Blogger Pablo Ferreira disse...

Todos nós estamos. E normalmente o preço nem é tão alto.

 
Às 13 de setembro de 2010 às 18:21 , Anonymous Anônimo disse...

Aaah, de todas as suas postagens, essa foi a que eu mais gostei.

 
Às 21 de novembro de 2010 às 18:28 , Blogger Professor LEANDRO RODRIGUES disse...

Sua cara...

 

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